“Essa obra é prioridade do governo. Não há nenhum problema de descontinuidade”, comentou o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, sobre o derrocamento do Pedral do Lourenço. A alegação foi feita durante audiência com o senador Zequinha Marinho. O parlamentar procurou o ministro no sentido de assegurar os recursos para a obra no Pará.

No início de junho, a imprensa nacional noticiou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) teria encaminhado ao Ministério dos Portos e Aeroportos proposta para transferir R$ 90 milhões do orçamento do Pedral para a construção do porto Manaus Moderna, na capital do Amazonas.

De acordo com o ministro, os recursos para o derrocamento do Pedral do Lourenço estão integralmente garantidos. “Temos mais de R$ 500 milhões no orçamento. Neste ano, deveremos executar de R$ 30 a R$ 40 milhões e o restante será mantido no orçamento do ano que vem”, afirmou Costa Filho.

No ofício entregue ao ministro, o senador Zequinha Marinho defende que “a continuidade e a conclusão do Pedral do Lourenço são essenciais para o fortalecimento da malha hidroviária brasileira e para o desenvolvimento econômico sustentável”.

O derrocamento do Pedral do Lourenço viabilizará a hidrovia Araguaia-Tocantins, considerada pelo setor produtivo como uma das obras mais importantes do país. A expectativa é que a hidrovia seja o canal de escoamento de 20 a 60 milhões de toneladas de carga por ano, melhorando a logística e a economia das regiões Norte e Centro-Oeste.

Além de defender a hidrovia Araguaia-Tocantins, o senador Zequinha argumenta que o Pará é o estado brasileiro que mais carece de obras para melhorar as condições de infraestrutura. “Dados do Ranking de Competitividade dos Estados indicam o Pará como o estado brasileiro com a pior infraestrutura. Essa informação só confirma aquilo que, quem roda o estado de ponta a ponta como eu, sabe bem. Ainda assim, essa informação valida nossa defesa pela manutenção do recurso aqui no Pará. Esse recurso é do povo paraense e deve ser utilizado unicamente para beneficiar o nosso estado”, concluiu o senador.